quarta-feira, 25 de julho de 2007

vantagens da crise


pois é... sou uma das pessoas mais condenadas e estigmatizadas neste país, no momento, excluíndo os já habituais excluídos (com os quais trabalho- trabalhei?- há dez anos).


desempregada ou mal empregue?

bom, para consternação de muitos, feliz e contente porque, no meio deste desperdício que considero o meu desemprego, não destrabalho e sou mãe a tempo inteiro, fazendo curtos intervalos para preparar o meu futuro e o dos meus filhos.

estudo canto, faço um curso de shiatsu (em breve falarei do assunto com maior seriedade), sou sócia de uma empresa que me dá apenas trabalho, cuido da saúde fazendo fitness três vezes por semana(adoro!), educo, mimo, cuido e curto muito, muito os meus filhos!, sobrando-me algum tempo à semana para namorar com o meu marido invejoso de tanto tempo para empregar como bem me apetecer!

ao fim-de-semana, sinto-me normal. quase

parece que tenho o direito de partilhar tarefas, apetece-me pôr as coisas em ordem cá em casa, sair, não cozinhar. com companhia tudo parece como dantes. sem culpas


os empregos não surgem e eu não me quero mal empregue. não mais, please...

planeio um futuro brilhante para mim porque penso fazer do trabalho uma forma de estar na vida e não uma forma de conseguir viver. quero ter tempo. quero cuidar. quero aprender a ouvir nos silêncios, ver a cor do invisível (mais tarde eu explico).

serei eu especial? talvez todos nós desde que alguém o diga.


tenho a pele bronzeada e ainda não fui de férias. o coração transborda de alegria com as gargalhadas dos meus filhos e dos sobrinhos, dos amigos.


parece que a minha crise está como o parque automóvel do país, cada vez melhor e com mais potencial...


zen

3 comentários:

beautiful disse...

Bem; sabe bem umas feriazinhas prolongadas de vez em quando! Aproveita e optimiza tudo isso ao máximo. :) A vida é feita de pequenas grandes coisas, se conseguirmos estar ou ficar felizes com as pequenas, podemos dizer Lá Vida é Bella

rb disse...

Há sempre coisas novas que podemos fazer quando o tempo nos sobra, por exemplo, um blog (lá está) embora compreenda a tua frustração profissional, que será passageira, por certo - a vida são ciclos.
Não sabia que também eras cantora. Muito bem!

rb disse...

Já agora: parabéns pelo blog, bem agradável.