quinta-feira, 5 de julho de 2007

vai e vem

é curiosa a forma como nós mulheres conseguimos mudar de humor.
falo por mim. consigo rodar 180º de má disposição para euforia, em apenas segundos...
sabem porquê? porque uma dúvida nasce espontaneamente sem que ninguém a solicite e, na maior parte das vezes, a resposta está num gesto, que até pode ser duvidoso mas que nos faz voltar a sensação de tranquilidade.
eu sou uma mulher apaixonada, pelo menos durante uns 357 dias por ano. mas há aqueles dias em que nos pomos a pensar se de facto somos tão amadas como merecemos, como teria sido a vida ao lado do primeiro namorado ou do penúltimo... há uma insatisfação que nos é natural, dizem. eu concordo. somos de facto exigentes porque acima de tudo exigimos muito da nossa condição.
ando há dias a planear ansiosamente a minha 8ª lua de mel, que desde 2004 posso festejar com uma noite sem filhos, longe de casa! no meio dos preparativos, que chegam a pormenores próximos dos das vésperas do casamento, chego a pensar se estou bem na relação, questiono a felicidade como conceito em si, olho para o meu companheiro de viagem e pergunto-me se ele é realmente feliz comigo.
gosto de pensar que sim. sei que há alturas em que ele me lançaria no primeiro foguetão tipo filmes do tintin, esperando pelo meu retorno mais calmo e moderado.
mas como poderei eu deixar de ser assim? pergunto genuinamente. sou um turbilhão de emoções mas, não é esse o meu charme?
o equilíbrio é quase utópico. a tentativa de seguir o "caminho do meio" (Tao) é extenuante.

no casamento é preciso acreditar que é possível ou podemos mesmo sentir que não vivemos sem o outro?
eu gosto de amar e adoro ser bem amada...
8 anos já é um sucesso, sobretudo para quem começa agora a dar valor à paz em que tem vivido.
faz parte do caminho e eu gosto da viagem, mais do que do destino.

digam coisas, mulheres

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